terça-feira, 3 de setembro de 2013

Top Ten Tuesday - Top Ten Books That You Wish Were Taught In Schools

Ora, esta semana o Top Ten é sobre livros que gostávamos que fossem lidos nas escolas. Não tenho nada contra os livros que lemos, ou temos que ler (ou devíamos ler) na escola só que... bem, às vezes são uma valente seca e, sobretudo, no ensino básico não cativam os miúdos para a leitura. No que a mim me diz respeito, esses livros nunca contribuíram em nada para aumentar ou até fazer nascer o meu gosto pela leitura. Nem os que tínhamos que ler no básico, nem os que fui obrigada a ler no secundário. Abro excepção apenas para Os Maias que li muito antes da altura em que os meus colegas o fizeram. 
Por outro lado, há algumas disciplinas que não têm leituras sugeridas e deviam ter, há por ai muito bons livros sobre as mais variadas temáticas. Assim sendo, vamos lá ver se consigo fazer uma lista minimamente decente... Já sei que não posso agradar a todos mas...


Apesar de os mais novos o poderem ver apenas pelo lado da história de amor entre os dois protagonistas, O Pacto de Gemma Malley podia muito bem ser sugerido pelos professores de filosofia. Introduz questões filosóficas interessantes, como o prolongar da vida, a supremacia de alguns seres humanos através do uso da força, a morte... Podia pôr a malta mais nova a pensar. 








Jay Asher conquistou-me com este Por Treze Razões e, penso, poderia conquistar muitos jovens. Além de poder, perfeitamente, sugerido pelos professores de psicologia, podia sê-lo por qualquer outro professor. É um livro que tanto os alunos do básico como os do secundário deviam ler pela temática que aborda. Fala de bulling (credo!! porque é que tenho a sensação que isto não se escreve assim???), das consequências que as nossas brincadeiras parvas podem ter na vida dos outros, das escolhas extremas que alguns jovens fazem... Ia "abrir umas pestanas" por ai!!





Quando os jovens passam cada vez mais tempo em frente do computador, "socializam" através das redes sociais em vez de fazerem como na minha altura (jasus!! pareço uma cota a falar assim!! Na verdade, não foi assim há tanto tempo mas... ainda não tinhamos todos telemóvel) que íamos para o campo de jogos, para o jardim, para o café, eu sei lá para onde... Bem, fazia-lhes alguma falta lerem este Antes do Futuro do Jay Asher e da Carolyn Mackler para começarem a perceber que as coisas boas da vida, que a VIDA, está bem longe do ecrã do computador.





Já disse aqui mais de uma vez que tive que estudar a fundo os grandes conflitos mundiais e que nunca os compreendi tão bem como quando comecei a ler a trilogia O Século de Ken Follett. Pois é, tendo em conta aquilo que os livros de história hoje comportam sobre estes conflitos bem que estes livrinhos (loool) podiam ser recomendados pelos professores de História. Podia ser que os meninos começassem a perceber um pouco mais da matéria e daquilo que realmente se passou. Sim, porque, desculpem lá o desabafo, mas pelos livros de História de hoje eles não aprendem nada nem compreendem o flagelo que foram as duas grandes guerras - pela vontade dos senhores que fazem os livros o Holocausto era esquecido (no livro do meu irmão dedicam-lhe duas páginas!!!).








Não sei como foi convosco mas aqui para estas bandas a malta começa a ter aulas de espanhol bastante cedo (cada vez mais cedo, atrevo-me a dizer) e não é que precisemos muito de "aprender a falar" porque levamos com a televisão e a rádio espanholas todos os dias a toda a hora mas... precisamos definitivamente de "aprender a escrever". Falar é uma coisa, ler e escrever são outra de maneira que 
tinha sido muito bom ter tido um professor que me recomendasse algum escritor espanhol que não fosse daqueles clássicos que não me diziam rigorosamente nada. A maioria dos professores e professoras que tive recomendavam-nos umas obras tão maçudas que metiam medo só de olharmos para elas. Teria sido bom naquela época ler qualquer coisa como Laura Gallego ou Maite Carranza, por exemplo. Claro que teríamos que ler as edições originais mas não me parece que isso fosse um problema, pelo menos aqui.





Ler na língua que estamos a tentar aprender é, sem dúvida (para quem tem alguma paciência), uma das melhores maneiras para atingir o fim que pretendemos. Em francês, para os que estão a começar, não há nada melhor que o Petit Nicolas. É uma espécie de menino Tonecas em versão "Champs Elysées" que nos leva por uma data de aventuras hilariantes tanto na sala de aula como no recreio. Agora que penso bem nisso, acho que foi uma professora de técnicas de tradução no secundário que mo recomendou. Adorei e tenho-o recomendado a muitos alunos de francês. 



Ora, como é que eu vou explicar esta escolha?!
Vejamos as coisas assim, andam sempre a impingir-nos coisas, umas melhores que outras, com retratos da época, criticas sociais etc. Contudo, poucas vezes essas críticas e retratos continuam tão actuais como em As Farpas e tampouco nos fazem pensar e ganhar alguma consciência social e política como esta obra. Penso que seria uma óptima opção de leitura para os alunos do secundário e tanto podia ser útil para a disciplina de português como para filosofia, sociologia ou história.




Bem, não cheguei aos dez (para não variar muito. Se isto muda vocês estranham...!! :) ) mas penso que a selecção não é má de todo. Claro que, muito provavelmente, me devo ter esquecido de dois ou três títulos ou há alguns que na vossa opinião aqui deviam figurar. Pois então digam-me, que livros gostavam que se estudassem nas escolas?

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