sexta-feira, 19 de abril de 2013

Do puritanismo hipócrita da CGD

Ontem, publiquei na nossa página de facebook a notícia que dava conta da celebração do Dia Mundial do Livro por parte da Saída de Emergência com uma parceria com a CGD. Pois é, a ideia era óptima, a iniciativa de louvar mas.... Hoje a editora teve que informar os seus parceiros que a CGD tinha decidido cancelar unilateralmente esta iniciativa por "alguns livros conterem linguagem potencial de ferir a suceptibilidade de alguns clientes, não os considerando, assim, adequados ao posicionamento e imagem do banco."

O QUÊ...?!? 
Por causa da linguagem... Pois sim!!
A imagem do Banco? Ah, ah, ah... Será que estes senhores vivem em Marte e ainda não perceberam que, actualmente, a imagem de qualquer banco anda pelas ruas da amargura e que tinham mais a ganhar com a parceria do que a perder? Supostamente era preciso pedir o livro na agência e quem não queria não pedia ou não o levava.
Mas que raio de atitude de falso proteccionismo face ao cliente é esta por parte de uma instituição estatal? Que raio vem a ser este puritanismo hipócrita e bacoco? 
Sinceramente, já se tinha visto há uns anos com o episódio (ainda ontem muito relembrado a propósito da Feira de Bogotá) do então primeiro ministro (actual Presidente da Republica e, à data, líder do partido que hoje comanda o país) Cavaco Silva e a censura à obra de Saramago, que o lápis azul não era, como muitos pensavam, coisa do "tempo da outra senhora". Mas em pleno século XXI, num país que se diz e quer democrático uma cena destas... É triste!!

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