sábado, 5 de janeiro de 2013

Efímera (Raptada) - Lauren DeStefano

Título: Efímera
Série: Trilogia del Jardín Quimico
Autor: Lauren DeStefano

Modo de leitura: e-book, a dar uso ao meu Kobo :)

"En un futuro cercano, todos los recién nacidos llevan incorporada una bomba de tiempo genética. Los varones viven hasta los 25 años, y las mujeres, que mueren a los 20, son secuestradas y forzadas a contraer matrimonios polígamos para evitar que la humanidad entera desaparezca de la faz de la Tierra. Cuando secuestran a Rhine, una joven de 16 años, para venderla como esposa de un hombre adinerado, le espera un mundo de privilegios. Su joven marido, Linden, la ama igual que a sus otras esposas, pero Rhine sólo desea escapar, aunque deberá enfrentarse a su excéntrico suegro, quien no cejará en encontrar un antídoto para el virus que amenaza la vida de su hijo, aunque para ello deba dejar varios cadáveres en su camino. Con Efímera, la joven autora Lauren DeStefano inicia su fascinante Trilogía del Jardín Químico, y de la mano de una heroína de nuestros tiempos, nos lleva a un viaje de aventura y romance en un mundo a punto de extinguirse."

Terminei há pouco a leitura deste volume, que em português se intitula "Raptada" (a segunda no meu Kobo e o primeiro título lido em 2013) e, sinceramente, não sei que vos diga. Já sei, já percebi que há muita gente (algumas pessoas até com gostos semelhantes aos meus) que adorou este novo universo distópico mas... Não sei, achei o livro insípido, sem nenhum elemento que me conseguisse de facto prender a ele. De início a coisa prometia, uma distopia passada num tempo em que a humanidade, na sua cega e permanente busca pela imortalidade e por pôr fim ao sofrimento trazido pela doença, acaba por ficar marcada por um defeito genético, uma bomba-relógio que faz com que os rapazes apenas vivam até aos 25 e as raparigas até aos 20 anos. Claro que muitos são os que tentam encontrar uma cura mas mais são os problemas sociais que esta condição traz consigo. Há imensos orfãos, as raparigas são raptadas e obrigadas a casar e a ter filhos, os homens são também eles forçados a casar (com várias raparigas em simultâneo) e a reproduzir-se. Também houve, algures na História, um conflito de algum tipo que destruiu todo o mundo excepto a América do Norte (!! não será narcisismo a mais?!?). Até a aqui a coisa até vai mais ou menos, o problema é que isto é tudo o que sabemos. Não há detalhes nenhuns, não há explicações plausíveis (é assim e já está!) e a informação é-nos atirada para cima a título de curiosidade e pouco mais.

Apesar do ambiente envolve e luxuoso de toda a narrativa e da perícia demonstrada pela autora a nível das descrições e criação de espaços, o mesmo não acontece com a criação dos personagens. Estes não são profundos, não têm grande consistência, apesar de se notar que a autora tentou - todas as esposas de Linden têm feitios diferentes, o rapaz é um inocente que toda  a vida foi enganado pelo pai que, por sua vez, é um verdadeiro monstro. Ainda assim, não houve um único personagem com o qual conseguisse "ligar-me" e nem sequer quando havia momentos mais dramáticos consegui emocionar-me com o sofrimento dos mesmos. Não foi uma leitura penosa mas houve alturas em que achei que a cena que estava a ler era para lá de ridícula, mal-explicada ou até mal aproveitada. Nem o triângulo amoroso achei ser bem-conseguido. E a sinopse prometia tanto... A ideia por detrás do livro está muito boa, só acho que a autora podia ter feito muito, muito melhor. 

Vou ler o segundo volume porque por um lado mo ofereceram e tenho esperança que este volume tenha apenas funcionado como uma espécie de introdução e que a coisa possa melhorar (afinal de contas, até tem potêncial para isso) e, por outro lado, porque não gosto de deixar séries a meio (dou sempre o benefício da dúvida até ao segundo volume - depois posso desistir...) e mesmo que a custo tenho que reconhecer que quero (um bocadinho) saber mais sobre o vilão e como o mundo chegou onde chegou. Isto se a autora se dignar a explicar. Se não o fizer... bem, algum fim há-de ter que ter; ou encontram uma cura e vivem felizes até a morte vir ou morrem todos na altura prevista e pronto.

3,5/10

Sem comentários: