sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Para os admiradores de George R. R. Martin

Bom dia a todos!!
Hoje deixo-vos aqui uns links que me foram dados por um amigo. Os que admiram George R. R. Martin e a sua obra podem já conhecer estas páginas mas, ainda assim, decidi publicar o post. Aproveito para pedir aos leitores que deixem os seus comentários sempre que quiserem, estejam à vontade...

Página oficial do autor - www.georgerrmartin.com

Diário do autor - grrm.livejournal.com

Páginas de clubes de fans - www.westeros.org


As imagens foram retiradas daqui. Bom fim-de-semana e boas leituras para todos...



quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Lua Nova


"Será como se eu nunca tivesse existido"

Já terminei o segundo livro da saga Luz e Escuridão e só posso dizer que continuo a adorar - a tal ponto que quando acabei de o ler tive que correr à livraria mais próxima para comprar o terceiro volume (que já estou quase a terminar...). Continuo a não gostar da tradução que é péssima, dos erros ortográficos e da falta de palavras em algumas frases mas pela história faço um esforço.

Não achei esta parte da narrativa tão lamechas quanto a do volume anterior, talvez tal se deva ao facto de o nosso Edward Cullen estar ausente durante a maior parte da história. Pois é, neste ponto a história sofre uma reviravolta quando Edward decide que o melhor para Bella é que ele desapareça da vida dela de uma vez por todas. Com o desaparecimento do vampiro outros protagonistas entram em campo e as surpresas são mais que muitas. A acção aumenta bem como o suspense, por um lado temos Bella sem saber o que fazer e as visões de Alice a ajudar, por outro lado temos os Victoria e Laurent - vampiros sedentos - que não vão olhar a meios para deitar a mão ao fresco e floral sangue de Bella.

Posso então dizer que gostei muito mais deste volume da saga e que o recomendo vivamente a quem já leu o primeiro contudo, devo advertir que é preciso uma boa dose de paciência para enfrentar esta louca tradução (está bem pior que a do primeiro livro).

9/10

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A Fúria dos Reis

"Quando um cometa vermelho surge nos céus de Westeros encontra os Sete Reinos em plena guerra civil. Os combates estendem-se pelas terras fluviais e os grandes exércitos dos Stark e dos Lannister preparam-se para o derradeiro embate.
No seu domínio insular, Stannis, irmão do falecido Rei Robert, luta por construir um exército que suporte a sua reivindicação ao trono e alia-se a uma misteriosa religião vinda do oriente. Mas não é o único, pois o seu irmão mais novo também se proclama rei, suportado por uma hoste que reúne quase todas as forças do sul. Para pior as coisas, nas Ilhas de Ferro, os Greyjoy planeiam a vingança contra aqueles que os humilharam dez anos atrás.
O Trono de Ferro é ocupado pelo caprichoso filho de Robert, Joffrey, mas quem de facto governa é a sua cruel e maquiavélica mãe. Com a afluência de refugiados e um fornecimento insuficiente de mantimentos, a cidade transformou-se num lugar perigoso, e a Corte aguarda com medo o momento em que os dois irmãos do falecido rei avancem contra ela. Mas quando finalmente o fazem, não é contra a cidade que investem...
O que os Sete Reinos não sabem é que nada disto se compara ao derradeiro perigo que se avizinha: no distante Leste, os dragões crescem em poder, e não faltará muito para que cheguem com fogo e morte!"
Dos três livros desta saga que li até agora este foi o mais "parado" isto é, foi aquele em que notei que a acção se desenvolve mais lentamente. O desenvolvimento da história faz-se mais à custa da intriga da corte, das negociações e das alianças. Também me pareceu existir um pouco mais de descrição e um aumento da narrativa relativa a tempos anteriores à história em si, o autor conta-nos mais daquilo que foi antigamente para que possamos perceber melhor o agora e o que está para vir. As personagens mantém uma linha mais constante (ao nível do comportamento) que nos volumes anteriores, não nos brindando com acções demasiadamente inesperadas. Ainda assim, já nos capítulos finais, Arya conseguiu surpreender-me.
Não me parece que já o tenha dito aqui mas os meus personagens preferidos são Arya, Tyrion e Jon Snow. Não conheço a opinião de mais ninguém que tenha lido os livros mas para mim, por enquanto, estes são os meus predilectos.
Contudo, "nem tudo são rosas" e apesar de muito me custar, hoje tenho um reparo a fazer. Já tinha dado por isto nos volumes anteriores mas desta vez dei por mim a ficar realmente irritada com a coisa (acho que vai ser melhor tomar uns calmantes quando pensar em ler "O Crepúsculo"...!!!). A tradução no geral está bastante boa, não há erros de ortografia e não notei que houvesse falhas na adaptação de expressões idiomáticas nem nada desse género mas... Será que hoje já ninguém sabe conjugar verbos? Será assim tão complicado usar o presente do conjuntivo? Numa época em que, vá-se lá saber porquê, as pessoas falam cada vez pior, ouvem os outros a fazê-lo constantemente e escrevem ainda pior do que falam custa-me ver que os livros começam a espelhar essa realidade (nem é pelo dinheiro gasto, é mesmo porque um livro é fonte de informação e saber). Principalmente quando a tradução de uma forma geral é boa, como é o caso... Não percebo mesmo como pode acontecer. Para que percebam do que falo deixo aqui alguns exemplos (não todos os que encontrei...infelizmente).
  • Página 213 - "Bran via que o ponto calvo no topo da cabeça do Meistre tinha-se tornado vermelho". - Não será mais correcto se tinha?;
  • Página 308 - "...agradeço que não contais histórias..." - e aqui a forma correcta do presente do conjuntivo do verbo contar é conteis;
  • Página 412 - "Deuses, sede bons, não permiti que seja o Regicida." - mais uma vez o conjuntivo do qual a forma correcta é permitais;
  • Página 414 - "Não lhe tocai no rosto." - outra vez o mesmo tempo verbal, desta feita deveria ler-se toqueis.
8/10

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Crepúsculo

"Em primeiro lugar Edward Cullen era um vampiro"

Acho que nunca li tão rápido um livro tão grande como este. Foi mesmo em tempo record, três dias chegaram e sobraram para o devorar. Já conhecia um pouco da história uma vez que, ao contrário do que é meu hábito, fui ao cinema ver o filme antes de ler o livro. Apesar disso fui surpreendida por diversos aspectos da história (que não vou revelar para não estragar a experiência de quem ainda não leu e pretende fazê-lo) e, além disso, quando lemos é sempre diferente...

A história em si, como muitos de vocês devem saber, é uma história de amor embora, em minha opinião, não seja demasiado lamechas. É uma história romântica e de vampiros e como em muitas histórias de vampiros está presente o cliché do amor entre humanos e estas misteriosas criaturas. Ainda assim, não é uma história de vampiros normal pois neste livro esses personagens não têm as características que a ficção tradicional lhes aponta - podem sair durante o dia, o seu reflexo aparece nos espelhos, cruzes e água benta não os afectam e a família Cullen é "vegetariana", isto é, não ingere sangue humano. Para algumas pessoas este facto é motivo para crítica negativa, no entanto eu gostei bastante de ver a tradição ser quebrada e destes novos vampíros (embora mesmo no livro nem todos sejam assim).

A escrita é bastante fuída, a leitura é fácil e o enredo torna-se interessante devido ao factor mistério que segue e marca cada uma das personagens, às identidades escondidas e aos conflictos emergentes. A narrativa está muito bem conseguida fazendo com que o leitor consiga sentir-se na pele de Bella, compreendendo completamente os seus sentimentos e emoções. Eu adorei...

9/10


quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A Muralha de Gelo

" Eddard Stark só aceitou o prestigiado cargo de Mão do Rei para proteger o rei... ou não suspeitasse que o anterior detentor desse título fora mandado assassinar pela rainha. Mas agora Eddard tem a certeza que foi ela. E também sabe a razão: a rainha tem um segredo escabroso que pode levar à queda da dinastia e mesmo à guerra civil!
E como se a conspiração palaciana não bastasse, tudo piora quando o rei Robert Baratheon é ferido mortalmente por um animal numa caçada. Mas a Mão do Rei já desconfia de tudo: terá sido mesmo um animal... ou o trabalho de mais um assassino da rainha? Um homem honrado e justo, Eddard Stark começa a temer ser derrotado pelo ninho de víboras que é a Corte e a Casa Lannister.
Mas a ameaça de guerra civil não é a pior sombra que paira no ar. No norte, para lá da muralha de gelo, uma força misteriosa manifesta-se de maneira sobrenatural. E ainda mais longe, a última herdeira dos Targaryen prepara-se para invadir os Sete Reinos com o maior exército alguma vez visto... e com o auxílio de dragões!"

Com este segundo volume das Crónicas de Gelo e Fogo George R. R. Martin apenas conseguiu prender completamente a minha atenção. Com o rei morto e as relações entre Lannister e Stark completa e irremediavelmente quebradas tem início a guerra pelo Trono dos Sete Reinos com a qual leitor tem a oportunidade de fazer descobertas incríveis e de ser surpreendido pelo desenrolar da acção que, muitas vezes, toma rumos nunca por si imaginados. As fugas, as traições, a intríga palaciana...tudo se conjuga para que o leitor tenha verdadeira difuculdade em largar o livro nem por um instante.

O facto de em cada capítulo do livro a história ser narrada do ponto de vista de um personagem diferente fez com que desse por mim a desejar que rapidamente chegasse o capítulo de determinado personagem para poder saber novas suas e das suas peripécias. Esta característica do livro permite-nos também ver a história do ponto de vista dos diversos personagens, descobrir o modo como cada um vê o mesmo assunto de um ângulo distinto, torna mais familiar o modo de agir e pensar dos personagens levando o leitor a tentar por vezes antecipar as acções de alguns deles. Confesso que, no meu caso, não foram muitas as vezes que acertei pois a imaginação do autor é tudo menos previsível. Adoro ver os personagens crescer e tomarem novas formas aos nossos olhos, as mutações sofridas pelas suas emoções, o modo como nos podem surpreender as suas acções...

O lado mais sobrenatural e fantástico da história continua presente. Não só a khaleesi Daenerys consegue dar vida a três fabulos dragões - criaturas há muito extintas em todo Westeros - como se adensam os problemas para lá da Muralha. O mistério e o perigo aumentam a cada página virada...

9/10


segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O Segredo de Cibele

  • "Paula viaja até Istambul com o seu pai em busca de um artefacto ancestral. O desejo que Paula tinha em descobrir o reino mágico onde vivera com as suas irmãs foi substituído por objectivos mais práticos: tornar-se comerciante de livros e manuscritos. No entanto, pistas e rumores acabam por convencê-la de que se encontra numa demanda fantástica e que a pessoa responsável por lhe ir dando essas pequenas suspeitas seja a sua irmã desaparecida, Tati. Puzzles, enigmas, testes de força e lealdade, lições sobre o amor, confiança e conhecimento - tudo isso surgirá na viagem de Paula, uma viagem onde o insucesso tem como preço a morte. "
Mais um livro de Juliet Marillier, mais um livro que adorei... De facto não há livro desta autora que me consiga desiludir (e ainda bem). Este é a continuação de "Danças na Floresta" do qual também já falei aqui. Devo confessar que gostei mais deste volume que do anterior, talvez tal se deva ao facto do enredo se focar apenas numa das irmãs, já nossas conhecidas, não havendo uma divisão da história pelos diversos personagens. A acção centra-se em Paula e na viagem que esta empreende com o pai afim de conseguir realizar um negócio que envolve um importante artefacto histórico - a Dádiva de Cibele. Contudo, este objecto revela ser muito importante para diversos personagens e nem todos têm escrúpulos quando se trata de o conseguir ter em seu poder.
Gostei especialmente das descrições da cidade de Istambul, podemos sentir o calor, o cheiro das ruas, a cor e a confusão do mercado, a diversidade que caracteriza os habitantes e visitantes da antiga Constantinopla... É algo soberbo e que não esperava encontrar neste livro. Também me agradou muito a referência da autora a Portugal a qual é feita através do meu personagem preferido, o pirata Duarte de Aguiar - personagem que se vai desenvolvendo e crescendo ao longo da trama e que revela mais uma vez que nada é o que parece e não devemos julgar as pessoas pelo ouvimos dizer acerca delas.
O suspense está muito melhor conseguido neste volume, conseguindo a autora manter o mistério quase até ao final da aventura de Paula por terras desconhecidas. O aparecimento dos habitantes do Outro Reino e o seu modo tão peculiar de actuar, bem como as provas a que sujeitam os personagens principais da trama, são um elemento muito bem vindo e que contribui activamente para alimentar o factor mistério.
Devo referir que o final das diversas personagens é previsível mas nem por isso menos agradável e deixa-nos, como é usual nos livros desta autora, com a sensação de que vivemos realmente todas as peripécias e aventuras que acabámos de ler.
9/10

sábado, 17 de janeiro de 2009

"As Novas Bacantes"



Bem caros leitores do nosso blog, aqui vai um pequeno resumo de um livro de bolso que já li há algum tempo, do qual gostei bastante e aconselho a ler para quem gosta de policiais misteriosos com um pouco de história e divertimento á mistura.
A autora deste livro é Catherine Clément que nasceu em Paris no ano de 1939.É autora de várias obras de filosofia, antropologia e psicanálise, porém as suas obras mais conhecidas internacionalmente são os seus romances tais como: "A Senhora"; "Por amor á Índia"; "A Rameira do Diabo"; "A valsa inacabada", entre outros.
"Um simples professor,
Mulheres estranhas,
Uma seita Hippie,
Vários mistérios,
Sangue e morte."

"As Novas Bacantes" é um livro pequeno e que se lê em apenas algumas horas. A história é relatada no Hotel Gouttelière onde o professor Jean Le Bihouic se instala tranquilamente a fim de poder finalizar a escrita do seu livro. Tudo se complica quando o professor descobre uma seita de mulheres que de noite tocam flautas e tambores, desaparecem e voltam a aparecer com roupas manchadas de sangue... quem são estas mulheres? será que o professor consegue desvendar este mistério? Penso que sim... E toda a história daquela pequena terra onde ele se instalou para apenas tranquilamente terminar o seu livro, vai mudar a sua vida!
Este livro é um policial com algum mistério e divertimento, foi sem duvida o que me agradou no nele, para além de que a autora tem uma escrita que nos prende e de fácil leitura. A história é empolgante pois nunca se pensa que vai terminar como termina, é um pequeno livro cheio de mistérios.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Asterix L Goules

Nestes últimos dias, aos pouquinhos e no intervalo da minha actual leitura, li novamente o primeiro álbum do Astérix editado em língua mirandesa – Asterix L Goules. Se entre os leitores do nosso blog há algum falante desta língua com certeza já leu este álbum; aos que não falam mirandês e gostariam de ter algum contacto com a língua recomendo vivamente. A tradução está óptima, como é costume do Dr. Amadeu Ferreira que se dedicou a esta tarefa desta feita também com a colaboração de dois professores de mirandês, Domingos Raposo e Carlos Ferreira.
Pode parecer um bicho de sete cabeças mas penso que lendo com calma qualquer um consegue perceber perfeitamente (é bem mais difícil compreender a língua quando falada).
Mas estou para aqui a falar assumindo que todos sabem o que é o mirandês e tal pode não se verificar... Assim, para quem desconhece, o Mirandês é a segunda língua nacional em Portugal. É uma língua anterior ao português (e não uma mistura de português e espanhol com é usual pensar-se) derivada do asturo-leonês falado a norte da Península Ibérica há mais de 8 séculos. Actualmente, o mirandês é falado em Terras de Miranda e em três aldeias do vizinho concelho de Vimioso e é leccionado como disciplona optativa em diversas escolas do concelho de Miranda do Douro. Estima-se que sejam cerca de 15000 os falantes.
Se alguém estiver interessado e não conseguir levar a cabo a leitura por dificuldades com o vocabulário, estamos aqui para ajudar ou, se preferirem, para vos ajudar a conseguir facilmente um dicionário de mirandês-português.
Em jeito de aperitivo segue-se a versão, em mirandês, da habitual apresentação dos álbuns de Astérix:
“Stamos an 50 antes de Jasus Cristo. Toda la Gália stá adominada puls romanos… Toda ? Nó! Ua aldé chena d’eirredutibles gouleses rejiste inda i siempre al ambasor. Cumo ye possible que ua pequerrixa aldé perdida pa l meio de la Gália seia capaç de rejistir a un eisército tan fuorte? L que fai cun que seia ambencible ? Ua parte de la repuosta stá na receita de la pocion mágica, porparada por Panoramix, l druida”.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Project Sleepless

Ora vejam bem estes belissimos lençóis do Tiago da Fonseca. Com uns destes até se dormia mais descansado e, além disso, havia sempre algo para ler ali bem à mão...
Este é o resultado da participação deste jovem artista no projecto do Royal College of Art em 2007.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Saldos na Bertrand

E em tempo de saldos a Bertrand decidiu pôr à venda alguns livros a preços bem convidativos. Podem consultar o catálogo na página da editora. Há livros desde 3 euros e alguns dos títulos são interessantes (outros nem por isso...). Enfim, compensa sempre dar uma vista de olhos e, se for caso disso, aproveitar.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Danças na floresta


"Cinco irmãs aventureiras
Quatro criaturas sinistras
Três presentes mágicos
Dois amantes proibidos
Um sapo enfeitiçado."
Li este livro em tempo record, três ou quatro dias foram o suficiente para descobrir a fantástica história de cinco irmãs que vivem na Transilvânia a espectacular aventura de visitar o Outro Reino.
A leitura é muito fácil e aliciante, facto que se deve à simplicidade da escrita e à capacidade que a autora tem de nos deixar em premanente suspense, sem nunca nos dar a entender realmente o que vai acontecer a seguir. A construção da história é bastante interessante dado que esta resulta da fusão de vários contos tradicionais, que todos nós conhecemos da nossa infância, e ainda de lendas originárias da Transilvânia.
Apesar das personagens principais serem as cinco irmãs, aquela de que mais gostei foi Tadeusz, o vampiro. Sempre tive um tendência para gostar dos vilões e este vampiro é tudo aquilo a que estamos habituados quando na presença de um personagem deste tipo mas com muito charme e mistério. Na verdade, as personagens que achei melhor conseguidas foram mesmo os habitantes do Outro Reino, por não serem personagens previsíveis e por os seus desígnios serem sempre pouco claros, colocando constantemente à prova os demais e exigindo sempre coragem e determinação. As personagens das raparigas são um pouco lineares demais, na minha opinião, conseguimos sempre prever qual vai ser a sua próxima acção mas penso que essa deveria ser a intenção da autora, procurar que as jovens leitoras se identificassem o mais possível com estes cinco elementos femininos.
A moral é simples, não devemos confiar nas aparências pois estas iludem; e quando queremos realmente uma coisa devemos lutar por ela com afinco e determinação, com coragem para ultrapassar os obstáculos,sejam eles quais forem, e para aceitar as consequências dos nossos actos.
No final ficamos coma sensação de que de facto fomos transportados para o Outro Reino e que, agora que estamos de volta à rotina, também nós queremos lá voltar......

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A Guerra dos Tronos

“Quando Eddard Stark, lorde do castelo de Winterfell, recebe a visita do velho amigo, o rei Robert Baratheon, está longe de adivinhar que a sua vida, e a da sua família, está prestes a entrar numa espiral de tragédia, conspiração e morte. Durante a estadia, o rei convida Eddard a mudar-se para a corte e a assumir a prestigiada posição de Mão do Rei. Este aceita, mas apenas porque desconfia que o anterior detentor desse título foi envenenado pela própria rainha: uma cruel manipuladora do clã Lannister. Assim, perto do rei, Eddard tem esperança de o proteger da rainha. Mas ter os Lannister como inimigos é fatal: a ambição dessa família não tem limites e o rei corre um perigo muito maior do que Eddard temia! Sozinho na corte, Eddard também se apercebe que a sua vida nada vale. E até a sua família, longe no norte, pode estar em perigo.
Uma galeria de personagens brilhantes dá vida a esta saga. Entre eles estão o anão Tyrion, a ovelha negra do clã Lannister; John Snow, um bastardo de Eddard Stark que, ao ser rejeitado pela madrasta, decide juntar-se à Patrulha da Noite, uma legião encarregue de guardar uma imensa muralha de gelo a norte, para lá da qual cresce uma assustadora ameaça sobrenatural ao reino. E ainda a princesa Daenerys Targaryen, da dinastia que reinou antes de Robert Baratheon, que pretende ressuscitar os dragões do passado e, com eles, recuperar o trono, custe o que custar.”
Após uma data de peripécias que não vou aqui descrever e graças à Canochinha e à Promoção 2=3 da SdE, consegui finalmente ter nas mãos o primeiro volume d’ “As Crónicas de Gelo e de Fogo” de George R. R. Martin. Ao muito que já foi dito acerca desta verdadeira saga (que já foi classificada como “a mais importante obra de fantasia desde que Bilbo encontrou o Anel”) pouco se pode acrescentar. Ainda assim, vou arriscara a escrever qualquer coisinha...
Relativamente à história e ao ritmo a que esta se desenrola achei que é de uma construção espectacular. Apesar de o mundo que nos é apresentado por Martin não ter qualquer ligação geográfica a nada do que conhecemos, é completo e nele reina a diversidade não só de fauna e flora mas também de costumes e características que distinguem as personagens originárias das diversas regiões. A descrição (nada maçadora) leva-nos a visualizar com enorme clareza os cenários criados, fazendo-nos sentir que a história se desenrola mesmo à nossa volta. O mistério é um elemento sempre presente, principalmente devido à existência dos Outros – personagens que não conhecemos realmente, ligadas ao oculto e a um mundo que nos é desconhecido. A intriga é outra constante, contribuindo para que “puxemos pela cabeça” numa tentativa de descortinar a solução de vários crimes e conspirações e para que queiramos sempre ler mais e mais enquanto o suspense se mantém até à última página.
Mas o que realmente nos deixa de queixo caído é a magnífica construção das personagens. Aqui não há lugar para personagens tipo nem tão pouco para aquele género de personagens que, de tão lineares, já se sabe o que esperar delas. Não...aqui o jogo é outro. A facilidade com que nos identificamos tanto com heróis como com os vilões é impressionante ficando o fenómeno a dever-se, na minha opinião, ao facto de estas serem personagens muito autênticas, quase humanas. Na vida real ninguém é verdadeiramente bom nem completamente mau e é isso que se passa com as personagens criadas por Martin, nunca sabemos o que esperar de cada uma delas nas diversas situações pois tão depressa os “heróis” são capazes de actos bárbaros com os vilões nos presenteiam com atitudes nobres e magnânimas. Espero continuar a vê-las crescer e evoluir ao longo dos próximos volumes.


É um livro que recomendo vivamente, principalmente para quem gosta de um bom “épico-fantástico”.

Livros com a Revista Sábado

Ora, vamos lá começar bem este blog...
O primeiro post fica então dedicado à nova colecção de livros da Revista Sábado.Como aconteceu com as anteriores colecções, cada livro custará 1 euro. A colecção tem como tema "Livros que fizeram história" podem encontrar os diversos volumes nas bancas a partir de 22 de Janeiro. Deixo-vos a lista completa de titulos e a respectiva data de saída:
22 Janeiro - Mar Morto, Jorge Amado;
"Entre navios saveiros e lutas de pescadores, Lívia tenta roubar o mestre Guma dos perigos do mar. Um dos romances que ajudou a mitificar a imagem da Baía"
29 Janeiro - Samarcanda, Amin Maalouf;
"Um manuscrito do século XI é perdido durante as invasões mongóis e encontrado seis séculos depois. Muita Geografia e História misturadas com mestria"
5 Fevereiro - Os Filhos da Meia Noite, Salman Rushdie;
"Nascido exactamente à meia-noite do dia em que a Índia atinge a independência, um rapaz hindu é trocado e criado por uma família muçulmana rica".
12 Fevereiro - As Cidades Invisíveis, Italo Calvino;
"Marco Polo é o herói deste romance deslumbrante. O viajante veneziano do século XIII conta a Kublai Khan as histórias das cidades que diz ter conhecido ao atravessar a Ásia."
19 Fevereiro - Lolita, Vladimir Nabokov;
"Um recatado professor aluga um quarto numa pequena cidade americana e apaixona-se pela provocadora filha adolescente da senhoria."
26 Fevereiro - Vasto Mar de Sargaços, Jean Rhys;
"No indolente clima das Antilhas Britânicas, em 1810, as famílias brancas vivem mergulhadas entre fumos de feitiçaria negra e revoltas de escravos."
5 Março - O Quarto Protocolo, Frederik Forsyth.
"Um espião tenta detonar uma bomba atómica em Inglaterra provocando um conflito nuclear. Foi feito um filme, em 1987, com Pierce Brosnan e Michael Caine."
Boas leituras para todos...